Da janela fechada,
“vejo” o som da noite,
da cidade “reluzente”;
são ruídos do aço tangente,
tal qual ranger de dentes,
assaz estridente,
delírio pungente,
a ruir meus tímpanos, ouvidos,
e a procurar espaço,
no bagaço,
ferindo gente,
que passa em frente,
assim tão crente;
a dor de um mundo ferido,
que hoje jaz morrido,
sofrido, sem alarido... perdido
pela força da voz decadente, pendente,
em um mundo de gente,
que passa imprudente, ausente,
é o fim para quem, ao menos, sente,
e chora, e dorme...
sob um mundo
mais que carente,
descrente, “livre”, impotente;
e continua para quem se vale...
de tudo que se apresente,
seja decente
ou incoerente...
literalmente,
não há quem aguente!
Nota do autor:
‘A vida passa e o fruto não fica; “ó vida rica!”’
“vejo” o som da noite,
da cidade “reluzente”;
são ruídos do aço tangente,
tal qual ranger de dentes,
assaz estridente,
delírio pungente,
a ruir meus tímpanos, ouvidos,
e a procurar espaço,
no bagaço,
ferindo gente,
que passa em frente,
assim tão crente;
a dor de um mundo ferido,
que hoje jaz morrido,
sofrido, sem alarido... perdido
pela força da voz decadente, pendente,
em um mundo de gente,
que passa imprudente, ausente,
é o fim para quem, ao menos, sente,
e chora, e dorme...
sob um mundo
mais que carente,
descrente, “livre”, impotente;
e continua para quem se vale...
de tudo que se apresente,
seja decente
ou incoerente...
literalmente,
não há quem aguente!
Nota do autor:
‘A vida passa e o fruto não fica; “ó vida rica!”’