Plantando Sonhos
Deixa-me parar um pouco;
Não quero ver tua propaganda;
Nem ler este colorido outdoor;
Sou surda a poluição sonora;
Aos apelos invasivos que já sei de cor.
Não me interessa a Teoria do Consumo;
No ramo acéfalo do Homos Demens;
Sonho em viver o mundo que foge do apuro;
E cursa o tempo do aqui e agora.
Enquanto a mente fervilhante se agita;
Minhas mãos traduzem frenética arte;
Sensíveis ao criativo estado de espírito;
Expressam o possível além deste desastre.
Perceba a transformação, escute a alma;
Na animosidade do belo, na estética divina;
Sinta a semente nua em plena palma;
Remetendo-a para um além sem limites.