A Flor da Calçada

Ali naquele canto da calçada vivia uma velhinha a mendigar

Todos os dias eu por ali passava, seguia meu caminho, não tinha tempo pra parar.

Mais um dia e a velhinha lá estava e, dentre toda a multidão, ela escolhe a mim

para estender a sua mão.

“Hoje não”, seguia o meu caminho, não tinha tempo pra parar

Mas dessa vez não fui sozinho pois na coitada da velhinha não parava de pensar.

“Quem era ela?” Era uma senhora idosa, carente de atenção.

Decide voltar, mostrar que tinha coração. Ficaria um pouco ao lado dela e levaria

uma flor para mostrar o meu carinho.

Mas hoje não, seguia o meu caminho, não tinha tempo pra parar.

No outro dia eu lá estava, mas a velhinha, a velhinha eu não avistava.

“Onde esta a velhinha da calçada?” – “Não agüentou a fria madrugada, lá no céu

ela foi morar.”

Deixei uma rosa onde a velhinha ficava mas logo ela foi pisada pelo povo que ali

passava.

Me ajoelhei ali no chão e comecei a chorar. Não se importava a multidão,

Seguiam o seu o caminho, não tinham tempo pra parar.

Luciano Silva Vieira
Enviado por Luciano Silva Vieira em 19/03/2010
Reeditado em 24/04/2010
Código do texto: T2147324
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