A Flor da Calçada
Ali naquele canto da calçada vivia uma velhinha a mendigar
Todos os dias eu por ali passava, seguia meu caminho, não tinha tempo pra parar.
Mais um dia e a velhinha lá estava e, dentre toda a multidão, ela escolhe a mim
para estender a sua mão.
“Hoje não”, seguia o meu caminho, não tinha tempo pra parar
Mas dessa vez não fui sozinho pois na coitada da velhinha não parava de pensar.
“Quem era ela?” Era uma senhora idosa, carente de atenção.
Decide voltar, mostrar que tinha coração. Ficaria um pouco ao lado dela e levaria
uma flor para mostrar o meu carinho.
Mas hoje não, seguia o meu caminho, não tinha tempo pra parar.
No outro dia eu lá estava, mas a velhinha, a velhinha eu não avistava.
“Onde esta a velhinha da calçada?” – “Não agüentou a fria madrugada, lá no céu
ela foi morar.”
Deixei uma rosa onde a velhinha ficava mas logo ela foi pisada pelo povo que ali
passava.
Me ajoelhei ali no chão e comecei a chorar. Não se importava a multidão,
Seguiam o seu o caminho, não tinham tempo pra parar.