Faminto

Pratos em prantos que lavam os mantos,

Limpos, reluzentes, bonitos e ridículos.

Eu, querer vós, por que?

Seria sábio, apenas, sentar pelos cantos,

Esperando, olhando os mitos e vínculos.

Acho que não faço jus a vocês.

Seria, eu, o dono de ti, peça de louça,

Que, nem ao menos, me tem utilidade?

Quebrai-vos!

Como ter a fonte da energia e da força?

Seria demais dar, a meu intestino, dignidade?

Amargos centavos!

Rafael S P Valle
Enviado por Rafael S P Valle em 11/08/2006
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