APRENDÍ

Aprendí que a existência...

É uma grande união!...

De duas sementes vindas...

Do amor, da fecundação!

Uma semente é rainha...

À espera de um rei!

São milhões de reis que lutam...

Todos gritam: VENCEREI!

E nenhum tem a coragem...

De dizer: EU MORREREI!

Os reis lutam no caminho...

Sá para sobreviver!

E encontrar-se com a rainha...

E dizer: AMO VOCÊ!

Unindo-se um ao outro...

E um só passando a ser!

Inimigos poderosos...

Aparecem sem cessar!

Só com o objetivo...

Desses reis aniquilar!

E esses reis sem seus soldados...

Sem nenhuma proteção!

São cordeirinhos morrendo...

Sem a menor reação!

Quando o caminho termina...

Só um rei sobreviveu!

Ele une-se à rainha...

E uma vida aconteceu!

Decorridos nove mêses...

Após essa união!...

Vem ao mundo um novo ser...

Inocente, sem noção!...

Do que seja essa vida...

Cheia de complicação!

Em uns casos, com conforto...

Vai crescendo esse ser!

Outros crescem na miséria...

Quase sem o que comer!

Isso quando sobrevivem...

Não vindo a perecer!

Aprendí que essa vida...

Não passa de um momento!

Como vôo de passarinho...

Ou como sôpro do vento!

É como a chama de uma vela...

Que apaga a qualquer momento!

Aprendí que a morte vive...

Sempre a me espreitar!

Durante todo segundo...

Onde quer que eu possa estar!

Aprendí que é preciso...

Ver que todos são iguais!

Sem visar a cor ou raça...

Nem os bens materiais!

Pois eu sei que a cor da alma...

É que vale muito mais!

Nota do Autor: Poesia escrita no dia 15/02/1984, publicada na presente data.

Antonio Alves
Enviado por Antonio Alves em 13/03/2010
Reeditado em 13/03/2010
Código do texto: T2136580
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