Concussão extremista nacional

Queixas e lamentações distorcidas

Amores distantes e precários

Lágrimas sufocantes e oprimidas

O homem sorrateiro de mão tênue estendida ao olhar despercebido

Quem dará ouvidos ao gemido da criança esfomeada?

Pelo frio,

Pelo vazio desnudado

Os corpos se entrelaçam efêmeros

Não há amor

Dissabor colorido

O desquite próprio e desigual

Tão fugaz de quem escolhe o ser normal

Viva os corações apaixonados

Tenra Paixão de pileque

Ou outra droga qualquer

Apagogia de um país liberal

Sem dor

Sem culpa.

Celebremos o orgulho nacional

A verdadeira ostentação

Da falta do pão

Do chão pra se viver

Conhecimento em excesso

De quem talvez nem saiba ler.

Já se ouve que não desistiremos

Estamos em fase de crescimento

Rumo ao progresso.

Deh Ferrão
Enviado por Deh Ferrão em 27/02/2010
Código do texto: T2110247
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