MENINO DE RUA II
Por Rosa R. Regis
Natal/RN - 1999.
Sem eira, nem beira,
Sem educação,
A barriga vazia,
Os pezinhos no chão.
A roupinha rasgada,
Os pés cheio de “bichos”,
A carinha melada,
Dos restos do lixo.
As mãos sempre sujas,
Com as unhas compridas;
Passa o tempo, nada muda
Na sua forma de vida.
Dormindo no chão,
Na rua... ao relento.
Seu lençol?... Um papelão.
Sua cama?... O cimento.
Largado na vida,
Num mar de angústia e dor;
Sem apoio. Sem guarida
Sem carinho. Sem amor.
Seu coração endurece.
Enrijece. Vira um calo.
E o seu lado bom fenece.
Mas... poderemos culpá-lo?
Sem esperança. Sem fé.
Esquecido da sorte.
É assim que ele é!
Um sobejo da morte.
Oh! Menino de rua!...
Onde estão os seus pais?
No Céu, na Terra ou na Lua,
Que não ouvem os seus ais?
E nós, seus irmãos,
O que estamos fazendo
Se não lhe damos a mão
Quando o vemos sofrendo?!
Por Rosa R. Regis
Natal/RN - 1999.
Sem eira, nem beira,
Sem educação,
A barriga vazia,
Os pezinhos no chão.
A roupinha rasgada,
Os pés cheio de “bichos”,
A carinha melada,
Dos restos do lixo.
As mãos sempre sujas,
Com as unhas compridas;
Passa o tempo, nada muda
Na sua forma de vida.
Dormindo no chão,
Na rua... ao relento.
Seu lençol?... Um papelão.
Sua cama?... O cimento.
Largado na vida,
Num mar de angústia e dor;
Sem apoio. Sem guarida
Sem carinho. Sem amor.
Seu coração endurece.
Enrijece. Vira um calo.
E o seu lado bom fenece.
Mas... poderemos culpá-lo?
Sem esperança. Sem fé.
Esquecido da sorte.
É assim que ele é!
Um sobejo da morte.
Oh! Menino de rua!...
Onde estão os seus pais?
No Céu, na Terra ou na Lua,
Que não ouvem os seus ais?
E nós, seus irmãos,
O que estamos fazendo
Se não lhe damos a mão
Quando o vemos sofrendo?!