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Na tarde morta, um homem sem rosto, 
Caminhava em uma rua sem nome
De uma cidade vazia
Num país sem esperanças
 
O homem era magro e negro
As mãos eram grossas e sujas
Sua roupa esfarrapada,
A alma rude, endurecida
 
O homem fuçou no lixo
Comeu algumas coisas
Guardou outras num saco
E partiu sem olhar ninguém
 
O tempo urgiu apressado
O sol não disse adeus
a noite baldia, caiu
Como uma borboleta suicida!
 

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 24/02/2010
Reeditado em 29/09/2023
Código do texto: T2104761
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