O álcool e moço
O álcool e moço
Moço novo, sem esperança, há pouco era
uma criança.
Roupa bem suja, quase não é notado por
quem passa.
Seu olhar no vazio é de total e cruel
abandono, um pobre coitado.
Pele queimada do sol, garrafa de cachaça
na mão.
Os ébrios perdidos são a sua Família e
seus irmãos.
Mas eu me lembro dele, moço de bem,
trabalhador...
Agora anda triste carrega em sua face
expressão da dor.
Não é feio, se perdeu no meio de uma
sociedade discriminatória.
Onde o descaso psíquico assola e prejudica
muita gente em sua breve trajetória.
Mas ele sorri quando se embriaga na praça!!!
Quando me vê se esconde, fica meio sem
graça.
De onde vem essa falta de querer ir à luta?
Pra onde vai o moço, um ser como eu que por
um motivo ou outro ninguém mais escuta?
O NOVO POETA. (W.Marques).