SAUDADE DAS LAVADEIRAS

A saudade que sinto é das lavadeiras
Na beira dos rios, lavando as anáguas
Enquanto era a mão dessas guerreiras
Faltava o progresso, mas sobrava água

E agora o homem à própria vontade
Muda o curso do rio, faz transposição
Das lavadeiras é que sinto saudades
Pois só levavam um balde nas mãos

Até os peixes sentem as água mudadas
E os homens alegam que estão tratando
O rio coitado, que não pode dizer nada
Volve-se em chuvas e segue lacrimando

Temo que aquela gota seja a derradeira
Do liquido insípido que todos consomem
Capaz de lavar as roupas das lavadeiras
E incapaz de lavar o coração do homem



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A Alma de um Poeta(Pinho Sannasc)
Enviado por A Alma de um Poeta(Pinho Sannasc) em 21/02/2010
Reeditado em 19/07/2012
Código do texto: T2099609
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