Nosso Hino

          Seu Osório e seu Francisco
          Quando fizeram nosso hino
          Não sabiam que o progresso
          Destruiriam os campos
          Que hoje não tem mais flores
          Bosques...
          Que bosques?
          Quase tudo destruído 
          Pela ganância de um povo
          Que quer mais do que precisa.

          Mais amores... não...
          Agora são bem menores
          Seus filhos fugindo da luta
          E de coisas bem piores
          Gigante pela própria natureza sim
          Gigante este solo ainda é
          E o cruzeiro resplandece
          Mas seu povo empobrece a cada dia
          Procuram um futuro melhor
          Querendo salvar a Amazônia
          Que eles vão destruíndo
          A agua e os campos sumindo
          A liberdade de teu seio ja se foi
          Esse povo oprimido
          Mal vivido , mal nutrido, irracional.
          Até o Hino Nacional
          Ja não ouvem e nem cantam
          Essa terra que era tão adorada
          Ja saiu das mãos das fadas
          Para mãos dos oligárquicos
          Nossa Pátria não é mais nosso celeiro
          Esta em poder de embusteiros
          Nosso céu não é mais anil
          Mas fica no coração uma esperança
          De que alguma coisa se faça
          Que erga-se da justiça a clava forte
          Que possamos crer na Paz no futuro
          Sairmos de cima do muro 
          Terra adorada, que insistimos em ama-la
           Na certeza de que esse povo reconheça 
           A mãe gentil.
                                 (Sônia Rêgo.)