O SERTANEJO
O SERTANEJO
Tênue centelha, gota que cai no sertão.
Oh! Doce chuva que desfaz minha quimera,
Alimenta meu labor, alivia est’espera!
Terra bem alimentada não falta pão.
Labor que brota minha vida é s’or no chão.
Quão boa sorte da terra há de comer,
Centelha de chuva não me faças sofrer.
Braço forte mão cerrado vegetação.
Asas no céu, sinal de chuva no sertão.
Homem trabalhador de pés descalços canta;
Enfrenta a luz do sol com enxada e oração.
Não há coragem tão grande no arado:
Cedo levanta com calo da roça planta,
Homem de tez forte que desbrava o sertão!
Leandro Dumont
02/02/2006