TÚMULOS
Túmulos desvairados, vazios a procura de nada
Nossos Túmulos!
Preso lá um coração sem vida a bater, bater...
Bater por querer sair desta prisão!
Regados de nada, contentos de nossos devaneios
Prisão da alma que lateja a dor que não se sente
Calar de gritos de agonia, coração.
Definho de humanidade, de amor, de nós!
Prisão de morte a que chegamos por prazer
Resguardo certo de ser mais um túmulo comum.
E lá de onde está você, caro maestro sem cordas, sem notas?
Saber que se é o quê, aonde, por quê...?
Vivamos então nossa discórdia de não aceitarmos a nós!
Reclamemos de nossa morada sem paz
Calemo-nos em nossos túmulos sem quimera em liberdade.
Túmulo este é o que fazemos para nós, sempre, sempre...
*Leia Agora o poema, trocando a palavra TÚMULO por CORPO