CEGOS PELO VÍCIO
No limiar da insanidade
Segue a margem da luz.
Caminha sem trilha
Desce ao vale da depressão.
Perde-se no labirinto
Do seu próprio ser...
Desesperadamente
Debate-se, chora,
Faz juras a si mesmo.
Juras em vão, faltam forças...
Cai ao chão, entorpecido
Pelo vício, sem solução.
Busca uma mão... amiga?
Já não existe. Onde estão?
Quantas oportunidades...
Quantos conselhos...
Tantas lágrimas em vão.
Quanto amor, sem recepção...
Portas fechadas do coração.
Seus olhos não viram
A única mão, que até há pouco
Manteve-se estendida...
Não percebeu, que aos poucos
Amputava-a... com a lâmina
Dilacerante da indiferença.