CEGOS PELO VÍCIO

No limiar da insanidade

Segue a margem da luz.

Caminha sem trilha

Desce ao vale da depressão.

Perde-se no labirinto

Do seu próprio ser...

Desesperadamente

Debate-se, chora,

Faz juras a si mesmo.

Juras em vão, faltam forças...

Cai ao chão, entorpecido

Pelo vício, sem solução.

Busca uma mão... amiga?

Já não existe. Onde estão?

Quantas oportunidades...

Quantos conselhos...

Tantas lágrimas em vão.

Quanto amor, sem recepção...

Portas fechadas do coração.

Seus olhos não viram

A única mão, que até há pouco

Manteve-se estendida...

Não percebeu, que aos poucos

Amputava-a... com a lâmina

Dilacerante da indiferença.

Cellyme
Enviado por Cellyme em 03/02/2010
Código do texto: T2067898
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