MARINGÁ
 
 
“Foi numa leva que a cabocla Maringá/Ficou sendo a retirante que mais dava o que falar/E junto dela veio alguém que suplicou/Pra que nunca se esquecesse /de um caboclo que ficou/Maringá, Maringá/Depois que tu partiste /Tudo aqui ficou tão triste/Que eu garrei a imaginar/Maringá, Maringá/Para haver felicidade/É preciso que a saudade/Vá bater noutro lugar/Maringá, Maringá/Volta aqui pro meu sertão/Pra de novo o coração/De um caboclo assossegar/Antigamente uma alegria sem igual/Dominava aquela gente da cidade de Pombal/Mas veio a seca,/toda água foi embora/Só restando então a mágoa/Do caboclo quando chora”                 (Joubert de Carvalho)
 

                                                                                                                   
 

Mar verdejante
Magnífico caudal de folhas e flores
Que embelezam, aromatizam e refrescam
Tuas ruas,
Praças e avenidas...
Habita em teu povo
Trabalhador e hospitaleiro
A alegria de viver em tuas sombras
Colher de teus frutos
Cidade canção!...
Há em tuas preces
A esperança-criança
De cada vez
Ser melhor
A nortear tudo e a todos
Na ordem e na paz!
Mar de ingás
A unir pássaros e homens
Com teus frutos
E tuas flores
Teus aromas
E tua luz!
Maria do Ingá

Tua melodia
Diz de vindas e idas
Chegadas e partidas
Entre lágrimas e saudades...
Bela metrópole
Tão rica e serena

A acolher
Teus filhos
E os filhos de outras plagas
Que se seduzem
Com tua beleza
Tua doçura
Tua ternura e teu amor...
És ordem
És progresso
És presente
És futuro!
Tua história
De lutas e glórias
Orgulha a todos que te amam
Que te conhecem
E que de ti
Nunca se esquecem...
Entre a infinidade de teus ipês
Sentinelas de tuas ruas e avenidas
Dançam mágicas borboletas
Misturando a tuas cores de doce ilusão...
Na tua fé católica
Que se afunila
Rumo ao infinito
Elevas aos céus
De um azul bendito
Tuas preces e teus louvores...
Pelas tuas outras igrejas tantas
De toda fé e todo credo
Há a certeza da presença
De Deus
Nos corações de todo um povo
Que caminha com esperança.
Ah, Maringá!
Quantas lembranças queridas
Guardo de ti!
Lembro-me, pequeno ainda
A caminhar pelos traçados
De tuas ruas quietas,
Silenciosas
Do Maringá novo
De encontro ao velho!
Eis que agora surges
Na minha vida em declive
Com a saudade a bater-me no peito
Imponente
Tão cheia de glórias
Pujante, acolhedora e bela
Cidade-canção
Terra que tanto amo
Eternamente no meu coração!

(Imagem: Foto de Fábio Guillen)
      
 
                     Vinhedo, 29 de janeiro de 2010.