Feli(z)cidade
O que acontece contigo, Entre Rios,
Que parece perdida no tempo,
Um tempo com gosto
De eternidade passiva?
Quem te fez ou faz
Tão triste, Entre Rios?
Quem fez de teus filhos
Passivos lutadores,
Que deixam qualquer um,
Qualquer vento fraco te abater?
Quem te fez tão mansa,
Entre Rios,
Que se deixa ser manipulada,
Usada e tão pouco amada?
Acorda, Entre Rios,
Agita teu povo passivo,
Incita-o a lutar por ti,
Para que possas novamente
Ser saudável e feliz,
Para que a saúde seja prioridade,
Para que a beleza
De tuas ruas e praças
Possa ressurgir.
Incita teu povo
A valorizar tuas terras,
Teus rios e belas praias,
A buscar para ti
O progresso.
Quero te ver colorida,
Uma cidade festiva,
Onde o povo se sente em paz,
Onde há qualidade
De vida, saúde e educação.
Minha querida Entre Rios,
Incita teu povo a lutar
Contra os hipócritas políticos
E assessores oportunistas,
Que fingem te amar
Quando apenas amam
O poder político e financeiro
Que tu podes lhes dar.
Ah, se eu pudesse,
minha pequena,
Tiraria de ti essa tristeza,
Encheria de cores tua vida,
Traria muitos bens para ti,
Bens de progresso,
Bens que te fariam crescer...
Mas, um dia,
Ainda hei de ver-te, Entre Rios,
Cheia de encanto e sedução,
Cheia de bem querer,
Um lugar aconchegante,
Uma cidade feliz
Onde todos queiram viver.