SONHADOR!

E lá vem ele flagelado, lanhado, mutilado!

Talvez foi açoitado, ou estigmatizado!

E lá vem ele escapelado, afrontado, humilhado!

Sua alta suficiência será presságio?

Quantas décadas, quartéis, séculos?

Para obtenção do fato consumado!

E lá vem ele atrasado, acovardado, saturado!

Quantos verbos serão necessários?

Infindo não explicará o que está errado!

Talvez você! Oh nobre gentil,

Dirás o porquê ser tão viril, ou és acanhado?

No que há de melhor está empenhado,

E em fevereiro tem aglomerado!

- Sois circense, oh imaculado?

- E seus gentis, o que têm herdado?

Flagelos, lanhos, mutilações, açoites e estigmas!

Divino! Oh misérrimos!

E lá vem ele cavoucando, tropeçando e levantando!

Ascenderás contigo seu gentis, ou erguerás sovando?

-Sois varonil e, amador indolente!

Abandona quem te levanta, sua gente.

E lá vem ele sonhando, enganando, surrupiando.

Serás tu mesmo, ou quem vai te levando?

- Se caminhaste só seria generoso!

Mas quem te leva é engenhoso.

E lá vai ele levado, estagnado e desamparado.

Ficando seus gentis humilhados, derrotados e marginalizados!

RENGAV
Enviado por RENGAV em 16/01/2010
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