SONHADOR!
E lá vem ele flagelado, lanhado, mutilado!
Talvez foi açoitado, ou estigmatizado!
E lá vem ele escapelado, afrontado, humilhado!
Sua alta suficiência será presságio?
Quantas décadas, quartéis, séculos?
Para obtenção do fato consumado!
E lá vem ele atrasado, acovardado, saturado!
Quantos verbos serão necessários?
Infindo não explicará o que está errado!
Talvez você! Oh nobre gentil,
Dirás o porquê ser tão viril, ou és acanhado?
No que há de melhor está empenhado,
E em fevereiro tem aglomerado!
- Sois circense, oh imaculado?
- E seus gentis, o que têm herdado?
Flagelos, lanhos, mutilações, açoites e estigmas!
Divino! Oh misérrimos!
E lá vem ele cavoucando, tropeçando e levantando!
Ascenderás contigo seu gentis, ou erguerás sovando?
-Sois varonil e, amador indolente!
Abandona quem te levanta, sua gente.
E lá vem ele sonhando, enganando, surrupiando.
Serás tu mesmo, ou quem vai te levando?
- Se caminhaste só seria generoso!
Mas quem te leva é engenhoso.
E lá vai ele levado, estagnado e desamparado.
Ficando seus gentis humilhados, derrotados e marginalizados!