Velho Vale

Estrada de poeira e de miséria

Desgraça animalesca

Não foram criadas pelo cineasta

Com certeza!

Mas as lágrimas de tais brutais

na tela, valem mais milhões de reais

Estão lá no Vale, esse não é de sonhos

Vale do Jequitinhonha

Pura Realidade

A “eles” maltratados pela vida

Meninos e Meninas sem nome

Sem dignidade, história, memória

Se tornando animais homens

A morte por alívio, a quem tem fé e esperança

Morrendo com carcaças fedendo

Doutor qual foi essa doença?

Doutor não conheço,

mas a doença chama-se tristeza

Animal brusco com olhar de quem

conhece bem o que é maldade

Pela fome, pela dor

Quanta beleza tem o jantar

de etiqueta, onde as damas saboreiam...

Quanta delicadeza!

Para ajudar os animais com

moedas fugaz

No coito a esperança de sentir-se com vida

No nascituro, lágrimas secas

Meu Santo Senhor do Bom Menino

cuide de meus filhinhos...

o pequeno, o do meio e o mais veinho!

Fabiana Fernandes Perini
Enviado por Fabiana Fernandes Perini em 16/01/2010
Código do texto: T2032198
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