REDUTO

O cerco se fecha, inflexível

Impassível e impenetrável

Em seu interior, sem saída

Estamos todos inacabados

Ao toque severo irredutível

De um apito imaginável

Nos trancamos em nossa vida

A espera de atos ousados

Cuja autoria é imprevisível

Ainda que o mal seja palpável

E que a insurgência é devida

Aos que há muito foram tombados.

Esperar, como, se é presumível

Que a cavalaria é inevitável

E que a ordem será mantida

Até que o poder seja confiscado.

Se eles tudo podem, é intransponível

O reduto ameaçador; mas idealizável

O momento da partida

Quando unidos lhes tiraremos os armados.

Então, quando soubermos realizável

O sonho insurgente mais incrível

Estaremos prontos, na medida

Do clamor ardente de nossos estados.

NINFEIA G
Enviado por NINFEIA G em 11/01/2010
Código do texto: T2024050
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