NAÇÃO DESIGUAL
Os jovens do nosso Brasil
Parece não serem iguais
Vemos crianças nas ruas
Como se fossem animais
Só quando cometem delitos
São notícias nos jornais
Não há violência maior
Que um jovem possa sofrer
Do que acordar com fome
Sem ter nada para comer
Viver no mundo sem teto
Sem amor e sem lazer
Parecem cumprir uma sina
Filhos de pais separados
Sem ter carinho paterno
Andam no mundo jogados
Formando grupos em esquinas
Perambulando drogados
As crianças das favelas
Sem ter uma vida descente
Passam os dias nos sinais
Atraindo a muita gente
Nunca souberam em seus natais
O que é ganhar um presente
Servem de cartão postal
As praias do nosso Brasil
Também a notícia se espalha
Numa velocidade febril
Que nossas meninas promovem
A prostituição infantil
Assim os anos se passam
E o povo em suas crenças
Pedem aos nossos governantes
A quem nos resta esperanças
Que criem projetos sociais
Que ajudem a essas crianças