SEGREGADOS

Observo o surgimento do monstro em meio aos pequenos,

me indagando, viajo planejando um fim pro maldito veneno,

na busca de extirpar-los do campo, reparar a situação,

mas, como num filme sem fim, se multiplicam no terreno.

É a rapidez do colapso, a depressiva cena da família perecendo,

vai aumentando o “chorume” que escorre e alcança os de alto padrão,

sufocando os caídos nesta vala de ilusão que segue a alma corroendo,

imobilizados e amordaçados, “trelados” na farpa cerca da sensação.

Ainda esperam as manchetes para esboçar uma reação,

Para o que não se vê não há preocupação e sem culpa vão vivendo,

culpando o Estado, maltratando criados, reformando a mansão.

roteiros distintos dos preparados e sem preparo, favorecidos e desfavorecidos, mais que simples diferença de classes, um verdadeiro apartheid de instrução.