REVOLUCIONÁRIO
“Vem comigo no inicio, que o “corre” começou,
pra trás é que não fico, aprendi com quem errou,
varias quedas assisti e sem reembolso um impulso concedi,
pra afetos e desafetos que no trajeto encontrei,
só Santo que não erra, de carne humana já errei,
em ouvir oposições ao lado, do ato falho desisti,
mas de ralados na canela, varias vezes, aprendi,
na virada vai desfalcar, mas calado eu não fico,
pedras ao alvo vão faltar, quase mudo contradito,
e com rombo na garganta gravemente eu repito
Vem comigo no inicio, no enxame venenoso,
de frente pros cavalos, bomba, cacetete e cão raivoso,
e pra cima, sem recuo, lacrimejando com sangue no rosto,
com gana, eu aperto, piso em cima e sigo reto,
puxando o coro das vontades e aglomeração,
desejando no final não ter morrido em vão,
engrenado, focado e alucinado na vida curta da revolução.”