Silêncio!

Silêncio!

Nas ruas, nas casas, nas escolas, não escutam nada;

Pergunto-me se ainda existe vida;

A resposta? Imprecisa, não entendo.

Estão todos mudos ou apenas estão com medo?

Foram às falsas propostas ou as falsas satisfações que os calaram?

Como pode uma geração “livre”, calar-se diante de situações que são absurdas;

Onde foi parar aquela tamanha coragem imposta pelos estudantes e operários no passado?

Silêncio!

Nas ruas, nas casas, nas escolas, não escutam nada;

O medo bate silenciosamente nas portas das pessoas;

Todas elas o acolhem sem nenhuma resistência.

Enquanto isso uma nova forma de opressão engrandece;

Escondida por entre discursos sociais e harmoniosos;

Tudo vai se perdendo ao longo dos anos, vai sendo deixado para trás;

Para alguns o passado deve ser esquecido;

Mas isso é um grande erro criado pela humanidade.

As folhas caem despercebidas em um gramado poluído por nosso desrespeito;

As vozes? Não mais ecoam pelas ruas escuras e sombrias das cidades;

Restaram apenas ratos e poluição;

O som de vozes será como um tabu, cale-se ou farão você calar.

Silêncio!

Nas ruas, nas casas, nas escolas, não escutam nada;

Pergunto-me se ainda existe vida;

A resposta? Imprecisa, não entendo.

Orlando vigeé lebrun
Enviado por Orlando vigeé lebrun em 05/01/2010
Código do texto: T2012946
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.