Silêncio!
Silêncio!
Nas ruas, nas casas, nas escolas, não escutam nada;
Pergunto-me se ainda existe vida;
A resposta? Imprecisa, não entendo.
Estão todos mudos ou apenas estão com medo?
Foram às falsas propostas ou as falsas satisfações que os calaram?
Como pode uma geração “livre”, calar-se diante de situações que são absurdas;
Onde foi parar aquela tamanha coragem imposta pelos estudantes e operários no passado?
Silêncio!
Nas ruas, nas casas, nas escolas, não escutam nada;
O medo bate silenciosamente nas portas das pessoas;
Todas elas o acolhem sem nenhuma resistência.
Enquanto isso uma nova forma de opressão engrandece;
Escondida por entre discursos sociais e harmoniosos;
Tudo vai se perdendo ao longo dos anos, vai sendo deixado para trás;
Para alguns o passado deve ser esquecido;
Mas isso é um grande erro criado pela humanidade.
As folhas caem despercebidas em um gramado poluído por nosso desrespeito;
As vozes? Não mais ecoam pelas ruas escuras e sombrias das cidades;
Restaram apenas ratos e poluição;
O som de vozes será como um tabu, cale-se ou farão você calar.
Silêncio!
Nas ruas, nas casas, nas escolas, não escutam nada;
Pergunto-me se ainda existe vida;
A resposta? Imprecisa, não entendo.