Para a Mulher Albina

Na busca de respostas

Te vejo exposta as armadilhas

Hesitando fortemente o inimigo

Imersa na angústia que trás consigo

Te avisto numa janela pequena

Ouço o barulho do vento

E do seu suspiro com ele

De olhar atento você imagina

Se existe um outro mundo

Depois do seu mundo tão pequeno

Esse que conhece já tem dono

E vivendo nele está fadada ao abandono

E você que se acha desprotegida

Percebe que ainda arde a ferida

A do corpo não mais atrapalha

Essas que foram feitas ao fio da navalha

É a mente que sente

Vontade de voar e ir além

Num lugar que se possa ser gente

Que transforma o triste no contente

E eu que apenas te observo distante

Não sei como mudar a realidade

A minha ,a sua ,da sociedade

Nem das pessoas que sofrem de verdade.

Mas esse texto não te tira do embaraço

Nem te devolve o braço

Sinto muito por você de verdade

E me envergonho da falta de humanidade.

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Milhares de pessoas albinas temem pela sua própria vida na Tanzânia. No país, eles correm perigo porque muitos são assassinados em rituais de bruxaria. Em algumas culturas africanas os albinos sofrem perseguição pelo simbolismo mágico que a sua cor representa.

Fonte:

http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/?hashId=albinos-lutam-para-sobreviver-em-pais-da-africa-04023572C4A11307&mediaId=814195

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Luciana Bruder
Enviado por Luciana Bruder em 03/01/2010
Reeditado em 04/02/2010
Código do texto: T2009583
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