O BARULHO DO MUNDO

SABER NEM SEMPRE É LIVRO

AS VEZES É LIVRE

AS VEZES É VIDA

A METRÓPOLE É UMA MAQUINA

QUE TRANSFORMA OS SEM LETRAS EM NÚMEROS

HOMENS QUE VAGAM EM BUSCA DE ARROZ E FEIJÃO

ELES GRITAM NOS BECOS

PEDEM SOCORRO AOS BERROS

MAS O BARULHO DA MAQUINA

DEIXAM OS IRMÃOS MOUCOS

SURDOS E LOUCOS

HUMANOS QUE TROCAM A VIDA POR UM TROCO

NÃO SE PREOCUPAM COM O MASSACRE DOS CABOCLOS

OS MANÉS,OS RAIMUNDOS E OS CHICOS

SÓ PARTICIPAM DE VIDA SOCIÁVEL

EM ANÁLIZES DE DADOS ESTATÍSTICOS

E ESSE BICHO EM ESTINÇÃO

, O HOMEM PURO DE CORAÇÃO,

SOBREVIVE EM GROTAS

OU EM ALGUM RINCÃO

NO INTERIOR DA NAÇÃO

NESTES LUGARES AINDA SE PLANTA ARROZ E FEIJÃO

E FOI NESTE ESPAÇO

QUE OUVI UM HOMEM QUE SE DIZIA PALHAÇO

FALAR QUE O MUNDO TEM OUTRO BARULHO

E NÃO É QUALQUER UM QUE OUVE

É PRECISO IR PRO MATO

ENCHERGAR O CANTO DO SABIÁ

O COACHAR DO SAPO

E O SOM DA ÁGUA NA CORREDEIRA

ISSO É FELICIDADE VERDADEIRA

E NÃO ESTÁ NO LIVRO QUE FICA PARADO NA PRATELEIRA

PRA SENTIR É PRECISO APRENDER SOZINHO

E AS VEZES DEMORA UMA VIDA INTEIRA.

ODILMAR DIAS DA SILVA
Enviado por ODILMAR DIAS DA SILVA em 31/12/2009
Reeditado em 04/01/2010
Código do texto: T2004739