Pedágio...
 

Há porteiras nos caminhos
Movidas a ‘cobre’
E há em todo o percurso...
Que pena!
A paisagem é tão linda:
Pedras, lagos, rios, montes
E flores de açucena...
A estrada afunila,
Sigo a fila
E,
De repente
A moça sorridente da janela
Leva todo o meu dinheiro...
Houve um tempo
E isso já faz muitos janeiros
Que se pagava para o dono
E a gente ia pelas estradas empoeiradas
Hoje se paga para passar naquilo que é nosso
(E mesmo assim) não somos donos de nada
A caminhar por estradas
Às vezes sem eiras nem beiras
Infestadas de janelinhas
Controlando as porteiras
Que mais e mais
Aumentam a incapacidade
Dos administradores
Sem escrúpulos e sem piedade (...)
Há tanta roubalheira
Neste vira-e-mexe
Que o tempo passa
Vêm as urnas
E a gente esquece...

 
         Ipuã, 29 de dezembro de 2009.
        Benevides Garcia Barbosa Júnior
Benevides Garcia
Enviado por Benevides Garcia em 29/12/2009
Reeditado em 10/06/2016
Código do texto: T2001288
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