Esmola

Um dia, ao passar pela rua, eu vi um velhinho.

Sentado na calçada, com humildade pedia esmola.

Como se fosse, a coisa mais natural deste mundo.

Vestia farrapos, pés descalços e sorria com carinho.

Sem saber porque ou porque, eu me aproximei.

Meti a mão no bolso, e senti que estava vazio.

Pois havia esquecido minha carteira em casa.

Em meus bolsos, poucas moedas eu encontrei.

Sentindo-me culpado, as moedas á ele, entreguei.

Com um grande sorriso, ele disse obrigado Senhor.

Que Deus lhe abençoe, esta moeda me alimentará.

Respondi-lhe, se são tão poucas, nada comprarás.

Ele me respondeu:- Sou pobre e preciso tão pouco.

O resto com certeza vem, do que o Senhor me dará.

Volnei R.Braga

Balneário dos Prazeres

1998