Fruto da sociedade
Nasce um ser implume
Do ventre da sociedade vem
Cresce implume e sem jeito
Força pra viver não tem.
A sociedade não o ajuda
Deixa viver a cambalear
E quando ele cai na estrada
É a primeira a lhe pisar.
Não lhe dá mão na amargura
Despreza o na tristeza
Só protege se ele for rico
Não por "caridade", por "avareza".
Nasce o pobre coitado
Sem nenhuma formação
E o que se dá a ele
Muito pouca informação.
Desvia-se do caminho "certo"
Parte rumo à perdição
E o que ganha o pobre infame?
Pau na cara, meu irmão.
(19 de agosto de 1986).