Justiça.

Que fizestes tu?

Se querias somente justiça e paz?

Calaram-te a voz.

Tiraram-te a vida.

Que justiça é essa?

Que teus tenros anos não considerou?

Que não ouviu tua jovem voz?

Que justiça é essa?

Que não olhou em teus olhos?

Em que trazias somente o sonho da paz.

Que justiça é essa?

Que empunha armas,

Contra ideologias?

Contra teus anseios de rebeldia?

Motivados por puras utopias.

Poema escrito em 22/09/04

Onde te escondes, ó irmão da noite?

Que acorrentastes, teus irmãos sangrastes?

Acaso a alva tez do teu ledo engano

Faz-te pensar que estas no cimo?

Não escutas o grito, de quem as mãos te estendem?

De quem se encontra no fundo do abismo?

Vil retrato de suave encanto,

(Que refutastes todas as utopias)

Que não chegastes a cogitar os sonhos

De quem acorrentas, sem ao menos dar-lhes,

Oportunidade de liberdade, insano!

Teu irmão suplica não lhe negues o grito.

Se igualdade não satisfaz o rogo,

Sabereis que o justo caminha e o vil rasteja!

A dor, o sangue, não te trará a glória,

Não queiras mais do irmão a morte,

A morte, a morte ronda, o sofrimento é tanto!

Libertes a vida, libertes os sonhos

A noite é escura,

Mas o dia amanhece a razão se expande!

23/03/06

ggiménez
Enviado por ggiménez em 21/12/2009
Código do texto: T1988361
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