Gritos
Gritos
O meu canto é de fé
E ecoa pelos ares
Até quando a Mamãe quiser
Ó Rainha de Palmares!
Eu atravessei
Um dos sete mares
Liberdade procurei
Em todos os lugares...
O meu caminho eu traço
Pelas linhas do Equador
Não preciso de compasso
Pra procurar o amor...
Coloquei sal na ferida
Não deixei o sangue escorrer
Foi dura a minha lida
Fugi pra não morrer...
Ó Mamãe do Rosário
Que me viu em matas virgens
Esse é o meu calvário
Morada das minhas vertigens...
Vou seguir estrada afora
É preciso caminhar
Negritude vamos embora
O saber não é esperar...
Salve,salve os tambores
Os gritos pela liberdade
Sonhos lutas e amores
Desejos pela igualdade...
Esqueçamos o labirinto
Onde adormecem as dores!
Tinga das Gerais