Às margens [de mim...]

"Só depois da última árvore ter sido cortada, o último rio ter sido envenenado e o último peixe ter sido pescado é que o Homem descobrirá que o dinheiro não pode ser comido."
Profecia dos Índios nativos das Américas
 

Sou um rio que passa
A caminho do fim...
Minhas águas
Barrentas
Há muito se distanciaram
Daquelas que um dia foram
Límpidas e puras...
Houve um tempo que caminhava para a vida,
Encachoeirado,
Transbordante de esperanças e bravura...
Agora, sou um pobre rio que passa
Quieto, cansado, sem graça,
Doente, envenenado,
Condenado
A viver na solidão...

(“Em memória de todos os rios...")

           Vinhedo, 12 de dezembro de 2009.
            Benevides Garcia Barbosa Júnior

 

Benevides Garcia
Enviado por Benevides Garcia em 12/12/2009
Reeditado em 10/06/2016
Código do texto: T1973974
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