Até quando?

Não é água de março.
É principio de dezembro.
Por que temer as águas,
Na ribanceira do terreno?
 
No quarto pintado de azul.
O improvisado sossego.
Logo seria ruína.
A referencia do medo.
 
Os olhos negam-se ver.
O concebido infortúnio.
Os três filhos soterrados.
Estranho barulho mudo.
 
A dor sufocou no peito.
Uma esperança sem razão.
A felicidade morrera.
Seus filhos jazem no chão.
 
São agora estatísticas.
Da cruel destruição.
A enchente acumula.
Dor do pobre cidadão.
 
Muitos projetos aprovados.
Pra despoluir o Tiete.
Sai governo entra governo.
Mas as obras ninguém vê.
 
Os cavaleiros do governo.
Atropelam os cidadãos.
Só protegem manda-chuva.
No país da corrupção.
 
As cuecas e as meias.
Desta bela nação.
Estão nas patas dos cavalos.
Que comandam a nação.
 
 
Estou indignada! Remanejaram algumas pessoas que viviam em áreas de risco, na cidade de Itaquaquecetuba. Eles foram para uma escola abandonada. Sem luz, água, salas alagadas, paredes emboloradas, sem o mínimo que eles necessitavam para sobreviver. Será que o prefeito pensou que eles eram cachorros? Mas nem cachorro se trata assim! Até quando? Até quando. Sofreremos com estas pessoas no comando dos nossos direitos?




Imagens Google.