Afeganistão
Em meio à assombração
Triste Afeganistão
Dos escombros o medo e o terror
Da poeira, a morte como fio condutor
País dilacerado pela guerra civil
Ludibriado pela ajuda que ninguém viu
Tentam com palavras acalmar a tempestade
Mas as palavras não refletem a dura realidade
Um sopro frio de um revolver apontado para a boca
A respiração há poucos segundos como uma forca
A estrangular os sonhos e as vidas
A marcar na alma a mais incurável das feridas
Da falta de ar surgem suicidas e bombas
As metralhadoras dançando nas ondas
A música tétrica de um barulho descomunal
Sinistra sinfonia de fogo infernal
Jovens se atiram em abismos distantes
Procurando outros países, errantes
Nações que não os querem abrigar
Ficam a esmo, sem pátria e sem lar
Desolação, Afeganistão!
Não resolveu a invasão
Das tropas estrangeiras em seu chão
Mutilado, atordoado para todo o lado
Sem respaldo, parece abandonado
Na luta para carregar seu pesado fardo