ATÉ O SONO CHEGAR
Rebeldias tão justas que até me enojo,
O sono não chega e denoto cansaço,
Vagam pensamentos buscando soluções,
Elas não chegam, estou confuso, atônito,
Parecem miragens, mas são realidades.
Imagens chocantes com sorrisos disfarçados,
Dinheiro tão farto que não cabiam em espaços,
Até orações que feriram a dignidade do povo,
Entoaram em deboche perante nossa Nação,
E incrédulos todos viram os assaltos cometidos.
Dinheiro que a saúde periclitante tanto precisa,
Crianças debilitadas por falta de nutrientes,
E velhinhos abandonados em suas amarguras,
São um retrato cruel das nossas deficiências,
E que políticos sem Alma ousaram se apropriar.
Não durmo enquanto pesadelos me assaltam,
Poderia estar num sono profundo e reparador,
Sonhando quem sabe com crianças sorrindo,
Velhinhos felizes sem sofrerem percalços,
E uma Nação orgulhosa de todos seus feitos.
Não é o Brasil que antevejo com risonho futuro,
Tantos são os desmandos de políticos desonestos,
E se foram eleitos para ao menos trazer esperanças,
Que respeitassem a dignidade do povo ferido,
Tão sobressaltados por notícias até vexatórias.
Enquanto o sono não chegar em transe profundo,
Sou cúmplice das revoltas que estão se formando,
E se nuvens negras surgirem impetuosas no horizonte,
Culpas não cabem aos cidadãos inconformados,
Com desejos tão justos de varrer as sujeiras.
25-11-2009