(imagem Google)

O Poetar De Um Mendigo

Duro chão que sustenta minhas cansadas pernas, e o meu repousar em um papelão;

Suave chuva que limpa minhas chagas, mas, que congela o meu corpo cão;

Frio e azedo rodízio com excremento, degluto com ânsia com a palma da mão;

Olhares penosos que me acompanham, moedas minguadas em meu calção;

Se tive sonhos já não recordo, hoje só lembro da solidão;

Pedir esmolas é o que tento, é o que me resta de opção;

Estou muito velho e não suporto, o pesado fardo que dito em vão;

Continuarei sendo ignorado, um poeta fétido na aflição,farrapo humano despedaçado, triturada e seca desilusão, nem o sol aquece o meu dia a dia, nem meu poetar é a solução, aguardo o fim desses meus dias, morrerei de fome ou me matarão.

O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 29/11/2009
Reeditado em 12/02/2011
Código do texto: T1951550
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