O êxtase do poeta é a poesia.

O êxtase do poeta é a poesia.

Seu alimento a cada dia.

Pode ser de dor, pode ser de amor.

Desde a nascente ao poente.

Seu afago é heroísmo.

Em detrimento do lirismo.

O sobreviver em terra árida.

Onde só a realidade nua paira.

Só a razão é válida.

E a emoção é cálida.

Apresenta-me um poeta cru.

Sem o cozimento da vida.

Sem devoção ou guarida.

Somos coração, sentimentos.

Captando movimentos.

O artista é assim.

Cheiro e gosto.

Corpo e rosto.

Alma e luta.

Alegria e labuta.

Compreensão, proximidade.

Gestos e amizade.

Pouco passa despercebido.

Em tudo vê arte, sentido.

Um risco ou um rabisco.

Um conto, um ponto, vibrações.

Uma estrela, constelações.

O breu, o vácuo, deserto.

As nuvens, um dilúvio, palpitações.

Agito, crendices, tolices.

Sonhos, planos, realizações.

Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 27/11/2009
Código do texto: T1947301
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