Vamos brindar!

Tin tin!

Um brinde à nossa falta de bom senso,

Ao ouro, à nudez, à fome, ao choro

Brotando feito sussurro forte e denso

Peitos, gargantas, se unem ao coro!

Um brinde intolerante ao tolo preconceito

Medo do novo: apego anacrônico

Do meu povo faz leito, sujeito suspeito

Julgamento retórico, dúbio, tirânico!

Um brinde ao coração analfabeto

Não lê alheias emoções, indiferente...

Desumano desdém, desprezo abjeto

De mórbida orquestra se faz regente!

Brindemos ainda à estúpida hipocrisia

"Faça o que digo mas não faça o que faço"

Eis o ditado que à razão asfixia

Amarrando-nos ao tempo, faz do mesmo um enlaço!

Um brinde agora ao estulto poeta

Que saúda apenas a repulsa, o inverso

Saudemos, pois, uma sociedade coerente

Que faz do amor um perfeito universo!

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Que nós não façamos das mazelas do mundo um verdadeiro show de horrores, coisa que a mídia tem feito para vender mais seu produto, desejo sim que aprendamos com nossos erros e não repetí-los, construindo, assim, um viver mais sadio.