Carraspana mental

Bebedeira insana,

Repreensão, tom

É a carraspana,

Nada de bom!

De porre,

Quase se morre

No último gole.

É a carraspana,

Nada de bom!

Largue mão.

Não beba mais.

Seja capaz.

Oh. Meu rapaz.

Eis o tição.

Oh. Meu irmão.

Velho velhaco,

É só conhaque,

Você é fraco!

Ande de fraque!

De cavanhaque.

Fidalgo dos bons.

Largue mão,

Não beba mais.

Eis o tição.

Oh. Meu irmão.

Carraspana

Carraspaneira.

Disse besteira?

Acho que não!

Somente se for

A bebedeira,

Cheirando à flor.

Cheiro de cana,

Cheiro de chão.

E, por que não,

Cheiro de amor.

Por mais bacana.

Cirrose e dor!

Quanta asneira

Asneando fama

De bebedor.

Oh. Meu irmão!

Eu & Você

Você & Eu.

Olá, meu Deus!

Ei, meu irmão.

Muita tranqueira.

Mente inebriada,

Mente estouvada.

A carraspana.

Sempre engana,

Remoendo cana.

Mundão velho

E sem porteira,

É o espelho.

Junte-se tudo,

É corredeira,

E, sobretudo,

Você & Eu!

Eu & Você!

Oh. Meu irmão.

Entre você e eu,

Eu sou mais eu.

Pensando bem.

Acho que não!

Sou mais você,

Você detém

Mais criação.

Na realidade,

Sem pesar idade

E sem vaidade:

Sou mais seu

E você, mais meu.

Oh. Meu irmão!

Somos de Deus!

jbcampos
Enviado por jbcampos em 21/11/2009
Código do texto: T1935996
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