Só vivo se escrever...

Nem sei o que escrever...
Mas tudo que sinto ou pré-sinto
Costumo escrever
Escrever com o sentir da alma
E com uma leveza nas mãos
Que não compreendo
Escrevo como quem respira
Tudo lindo, doce e terno
Quando estou feliz
Tudo murcho e cinza
Quando triste estou
Sou tão diferente...
Diferente da normalidade social
Sinto-me frágil igual uma borboleta
Ao mesmo tempo eterna
Feito um raio de sol
Que nunca deixa de brilhar
Apenas é escondido pelas nuvens
Mas a qualquer hora aparece
Assim é meu existir... neste plano humano
A cada dia muito de mim morre
Porém, nasce em minha alma
Novas virtudes...
Novo ser...
Novo sentir...
E todo dia...
Meu espírito amanhece renovado
Sempre melhor...
Aí tenho que escrever
O meu sentir e o meu olhar
Colorido ou cinza
Prazeroso ou dolorido
As letras do viver respiram em mim
E eu respiro nelas o eu da minha alma
Sou amiga do lápis e do papel
Do computador e do teclado
E por isso só vivo se escrever
Ainda que seja, apenas em pensamento...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal, 20.11.09
Texto publicado no meu 5º livro "Palavras de Luz..."
 
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 21/11/2009
Reeditado em 07/06/2020
Código do texto: T1935444
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