Igualdade
Onde te escondes, ó irmão da noite?
Que acorrentastes, teus irmãos sangrastes?
Acaso a alva tez do teu ledo engano
Faz-te pensar que estas no cimo?
Não escutas o grito, de quem as mãos te estendem?
De quem se encontra no fundo do abismo?
Vil retrato de suave encanto,
(Que refutastes todas as utopias)
Que não chegastes a cogitar os sonhos
De quem acorrentas, sem ao menos dar-lhes,
Oportunidade de liberdade, insano!
Teu irmão suplica não lhe negues o grito.
Se igualdade não satisfaz o rogo,
Sabereis que o justo caminha e o vil rasteja!
A dor, o sangue, não te trará a glória,
Não queiras mais do irmão a morte,
A morte, a morte ronda, o sofrimento é tanto!
Libertes a vida, libertes os sonhos
A noite é escura,
Mas o dia amanhece a razão se expande!
23/03/06