Dasdores,

Escondeu o rosto, sem cara de pau,

com vergonha da puta que a pariu.

Não olhou para trás;

simplesmente pegou seus restos

e nunca mais, alguém a viu.

Se escondeu por aí, apanhou de vara,

virou sem vergonha, criou craqueiros

que não olharam para trás;

só pegaram os magros corpos

e embarcaram nos brancos cheiros.

Virou amiga das prostitutas,

companheira dos viados,

dos travecos malcriados.

Empinou a cabeça e a bunda

e foi à luta.

E de fome, não morreu

mas, tantas dores sofreu.

Ah! como sofreu!