Jovens mãos, duras realidades
Mãos pequenas e inofensivas
Ceifadas de um sonho de liberdade
Na amargura do dia-a-dia
São calejadas pela dura realidade.
Mãos infantis, mãos juvenis
Privadas de seus direitos
Rejeitadas pela sobriedade
Sufocadas entre seus deleitos.
Mãos que suportam a dor
De não poder serem normais
De não poder realizar seus ideais
Mãos que são esquecidas pelo amor.
São mãos aliciadas pela maldade
Que são frutos produtivos
E de extrema necessidade
Da cadeia da ambição.