CAPITOSO ALISIO MORGADO
Desejo que corrompe a sanidade...
Perversos paradigmas arrasam os séculos.
Deflagrando em sorrisos sorrateiros
Tragos de sorte em fumaSSa derradeira
A marcha titânica em sutil celebração
Canta o ópio em ritmo alucinado.
Na demência usurpadora e capitoso
Vejo as máscaras da beleza alienante
Na noite cinza,
Sopram as flautas um choro triste
E então belas, as canções maquinalistas.
Doçuras em Procusto mensuradas
Transcendental geometria enaltecida
Cunham em brilho hostil a vil moeda
Contam as horas o sino torto envenenado
Labor cortante com pesar de falsos favos
Que quando doces ardem mais que urtigas vivas
Como as sereias que encantam os marinheiros
Ludibriaste esta servil sozinha idade.
Por longas datas marcas eternas vens deixando
Ao povo humilde dores cálidas e vinho terno
Estreitos laços em contrastes nebulosos.
São só angústias em furor desconhecido
Que entardece o corpo néscio compassivo
Mediação, tão clara luz! Negra demência.
Tempo perdido em batidas fulgurantes.
Sois alicerce desta face enaltecida
Forte marfim em torre sórdida d’ouro ornada.
Servo supremo louva a ti na inconsciência
Gregos presentes logram recantos desta alma conformada.