CAPITOSO ALISIO MORGADO

Desejo que corrompe a sanidade...

Perversos paradigmas arrasam os séculos.

Deflagrando em sorrisos sorrateiros

Tragos de sorte em fumaSSa derradeira

A marcha titânica em sutil celebração

Canta o ópio em ritmo alucinado.

Na demência usurpadora e capitoso

Vejo as máscaras da beleza alienante

Na noite cinza,

Sopram as flautas um choro triste

E então belas, as canções maquinalistas.

Doçuras em Procusto mensuradas

Transcendental geometria enaltecida

Cunham em brilho hostil a vil moeda

Contam as horas o sino torto envenenado

Labor cortante com pesar de falsos favos

Que quando doces ardem mais que urtigas vivas

Como as sereias que encantam os marinheiros

Ludibriaste esta servil sozinha idade.

Por longas datas marcas eternas vens deixando

Ao povo humilde dores cálidas e vinho terno

Estreitos laços em contrastes nebulosos.

São só angústias em furor desconhecido

Que entardece o corpo néscio compassivo

Mediação, tão clara luz! Negra demência.

Tempo perdido em batidas fulgurantes.

Sois alicerce desta face enaltecida

Forte marfim em torre sórdida d’ouro ornada.

Servo supremo louva a ti na inconsciência

Gregos presentes logram recantos desta alma conformada.

Gabriella Leite
Enviado por Gabriella Leite em 12/11/2009
Reeditado em 14/11/2009
Código do texto: T1919527
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