A JUSTIÇA
Eu não sei o que é a justiça
Aqueles que sangram por um pedaço de pão,
Que pedem desculpas mas sentem que devem perdão.
Justiça daqueles que crescem amando um “rei” e
Matando pai e mãe.
Justiça dos infelizes que esperam com esperança,
mas sem fé.
Amar a um filho, ensiná-lo a viver, dar a vida por ele
E vê-lo morrer.
Necessitar de um pano molhado a álcool a fim de limpar as feridas;
Enquanto outros,
Banham-se de púrpura e brincam de chuva de algodão.
Necessitar de um abrigo, telhado (só um)
E outros com “coleções” de casas, fazendas espalhadas pelo mundo para cada dia da semana.
Um meio de comunicação: orelhão, correios,...
Falar com parentes tão distantes, amigos queridos,
Ter tudo isso tão perto
E achar tão banal,
Não lhe dando o valor real
Ver a luz do Sol,
Sentir a chuva cair no corpo ainda seco,
Ouvir o choro de uma criança...
Que justiça é essa não poder ver, sentir e ouvir estas coisas?!
Agradecei por todas essas bênçãos que recebestes
E por aquelas que ainda vais receber,
Porque não se sabe onde, quando e porquê
Mas algum dia a justiça há de reinar entre nós.