O bêbado e os sinos

Havia uma torre

Os sinos badalando, eco magistral

Na esquina um homem em porre

A cabeça girando, beco marginal

Havia uma certeza

Os sinos têm hora pra badalar

Nos bares sem hora pra fechar

Os donos servindo, com esperteza

Havia uma incerteza

Por quem se dobram os sinos

Na esquina, em ressaca, levanta-se em fraqueza

A gente passando, com olhares vazios

AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 28/1/08.