(imagem Google)



Disfarçatez Social


Vive-se em um mundo disfarçado,

Disfarçam-se serem psicólogos e psiquiatras e que realmente compreendem a problemática humana, esquecendo que antes de tudo somos almas antes de cérebros a serem analisados e dopados;

Disfarçam-se de engenheiros esquecendo que o alicerce é muito mais importante que o barato material que ludibria e que não se mantêm em pé;

Disfarçam-se de católicos esquecendo da santa inquisição a perpetuar suas duras ideologias disfarçadas;

Disfarçam - se de crentes esquecendo que antes há de crermos em nós mesmos e que essa é a força maior dentro de cada um de nós;

Disfarçam-se de espíritas esquecendo muitas das vezes de compartilhar o pão, compartilham uma caridade embromada;

Disfarçam – se de professores esquecendo que o aprendiz há tempos já não aprende nada;

Disfarçam-se de cantores esquecendo que a mensagem é ideologicamente manipulada;

Disfarçam-se de repórteres esquecendo que a notícia é constantemente controlada;

Disfarçam-se de juízes esquecendo a imparcialidade abandonada;

Disfarçam-se de promotores esquecendo da lei fiscalizando suas contas recheadas;

Disfarçam-se de juristas esquecendo que só teoria não modifica nada;

Disfarçam-se de comunistas esquecendo que utopia é uma piada;

Disfarçam-se de políticos esquecendo que bolsa família é uma jogada;

Disfarçam-se de ser gente, vivem uma vida mascarada;

E nessa disfarçatez o poeta brinca com as palavras, revelando o pus dessa ferida magoada.










O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 17/10/2009
Reeditado em 12/02/2011
Código do texto: T1871757
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