Vestida de napalm
Divide comigo,
Phan Thi Phuc,
tua roupa de napalm
Divide o apocalipse
de teu corpo em feridas
Ou dá a mim
para eu zelar e vingar
do crime estadunidense
Faltam ainda 98 torres gêmeas
para vingança
de dois milhões de vietnamitas mortos
Te amo muito, Phan Thi Phuc
Desde quando vestias napalm estrada afora
Casa comigo, Phan Thi Phuc
Ninguém mais te ferirá
doce vietnamita
Te vestirei com meus abraços curativos
Iluminadas pelo amor
minhas mãos te lavarão
do banho estadunidense de napalm
A lava vulcânica de tua pele em 1972
lavarei com beijos tão ternos
até que nem mais lembranças te marquem
Em tua pele e rios interiores
correrão apenas luzes e mel
Ainda que não cases comigo, Phan Thi Phuc
II
Em todas estas décadas
nem meus olhos te tocaram
mas meu amor por ti guardei intacto
Guardo comigo tua dor de napalm
III
Phan Thi Phuc
acaso te tenhas exilado em Vega
para despir tua roupa de napalm
na estrela mais distante do sistema solar
– dou-te notícias do mundo neste poema
No transcorrer das décadas
mísseis ianques
continuam varrendo o mundo
Sem nenhuma cerimônia ou enrubescimento
Eles têm cegado e posto por terra
qualquer levantar de joelhos ou olhos
ao xerife do vilarejo planeta terra
Apenas trocam a estrela assassina
de peito e de nome
E o morticínio da águia voa mais feroz
Doce Phan Thi Phuc,
o cão hoje atende por W. Busheet,
mas amanhã haverá outros nomes acuando
E o mal da humanidade
eles continuarão multiplicando
IV
Em todas estas décadas
nem meus olhos te tocaram
Mas meu amor por ti guardei intacto
ainda que residas em Vega
e ames o vegano pai de teus filhos
Preciso que este poema
chegue a ti em Vega antes deles
Logo estarão aí bombardeando
e tomando posse de tudo
A novidade é que o napalm de tua dor
tornou-se arma tão superada
que é quase um creme hidratante
V
Phan Thi Phuc, doce irmã
mando notícias neste poema
Encontrei uma nova mulher
para vestir com meu amor
Quero-a tanto
que na proporção dos bombardeios de 45
toda manhã
acordo-a com luzes explodidas de mim
Cada palavra sua
desarma-me e pacifica
Ensina-me a crer outra vez na humanidade
Lançamento na 52ª Feira do Livro de Porto Alegre
Dia 31 out 06, terça-feira. Das 19h30min às 21h30min – Pavilhão Central
Saiba mais sobre o autor:
www.recantodasletras.com.br/autores/rossyrberny
www.editoraalcance.com.br/ROSSIR.HTM
Divide comigo,
Phan Thi Phuc,
tua roupa de napalm
Divide o apocalipse
de teu corpo em feridas
Ou dá a mim
para eu zelar e vingar
do crime estadunidense
Faltam ainda 98 torres gêmeas
para vingança
de dois milhões de vietnamitas mortos
Te amo muito, Phan Thi Phuc
Desde quando vestias napalm estrada afora
Casa comigo, Phan Thi Phuc
Ninguém mais te ferirá
doce vietnamita
Te vestirei com meus abraços curativos
Iluminadas pelo amor
minhas mãos te lavarão
do banho estadunidense de napalm
A lava vulcânica de tua pele em 1972
lavarei com beijos tão ternos
até que nem mais lembranças te marquem
Em tua pele e rios interiores
correrão apenas luzes e mel
Ainda que não cases comigo, Phan Thi Phuc
II
Em todas estas décadas
nem meus olhos te tocaram
mas meu amor por ti guardei intacto
Guardo comigo tua dor de napalm
III
Phan Thi Phuc
acaso te tenhas exilado em Vega
para despir tua roupa de napalm
na estrela mais distante do sistema solar
– dou-te notícias do mundo neste poema
No transcorrer das décadas
mísseis ianques
continuam varrendo o mundo
Sem nenhuma cerimônia ou enrubescimento
Eles têm cegado e posto por terra
qualquer levantar de joelhos ou olhos
ao xerife do vilarejo planeta terra
Apenas trocam a estrela assassina
de peito e de nome
E o morticínio da águia voa mais feroz
Doce Phan Thi Phuc,
o cão hoje atende por W. Busheet,
mas amanhã haverá outros nomes acuando
E o mal da humanidade
eles continuarão multiplicando
IV
Em todas estas décadas
nem meus olhos te tocaram
Mas meu amor por ti guardei intacto
ainda que residas em Vega
e ames o vegano pai de teus filhos
Preciso que este poema
chegue a ti em Vega antes deles
Logo estarão aí bombardeando
e tomando posse de tudo
A novidade é que o napalm de tua dor
tornou-se arma tão superada
que é quase um creme hidratante
V
Phan Thi Phuc, doce irmã
mando notícias neste poema
Encontrei uma nova mulher
para vestir com meu amor
Quero-a tanto
que na proporção dos bombardeios de 45
toda manhã
acordo-a com luzes explodidas de mim
Cada palavra sua
desarma-me e pacifica
Ensina-me a crer outra vez na humanidade
Lançamento na 52ª Feira do Livro de Porto Alegre
Dia 31 out 06, terça-feira. Das 19h30min às 21h30min – Pavilhão Central
Saiba mais sobre o autor:
www.recantodasletras.com.br/autores/rossyrberny
www.editoraalcance.com.br/ROSSIR.HTM