Burguesia vadia


Juventude desvairada
Germinada pelas ruas da cidade
Em miríade de futilidades enraizada
Regada à diária e ínfima ociosidade

Avarentos e desprezíveis olhares
Medindo a turba da face aos calcanhares
Rugindo preconceito aos oprimidos peregrinos
Sendo desta selva pérfida seus mais trevosos felinos

Imagens em luxuosas grifes esculpidas
Bolsos em questões de segundos com suas carteiras despidas
Até a fome é tratada com modismo idolatrado
Em dois bocados o dispendioso sanduíche americano é exterminado

Educação rasgada em negra estupidez
Sanidade esquecida em prantos de viuvez
Amizade bordada em coloridos pontos materiais
E aos erros a infinda imunidade concedida pelos papais

Juventude desvairada
Por nojentas futilidades alucinada
Conduz esta pátria com sua ânsia pútrida de existir
Rumo à derrota anunciada nesta falta de porvir



Olá Recantistas!
Essa poesia faz parte do meu livro intitulado "Lunático", o qual foi lançado em Fevereiro de 2009 e pode ser adquirido pelo contato deixado neste site.

Obrigado,

Evandro Luis Mezadri