CATARINA
Apunhalaram-na no peito
Macularam a beleza, a inocência, o leito
Condenaram-na
Ao abandono dos filhos
À destruição dos lares
Ao desmembramento da Terra
Catarina está deserta, traída, maldita
Pranteia, Catarina, pranteia,
Mas teu pranto dá ainda mais força à tempestade
Hedionda natureza
Catarina só amou o vento
Infiel de rima infame:
Sorveu-lhe o vento
Com a angústia do amor tornado violento
Elevou Catarina
Somente em seu grito
Somente em sua dor
Vento, onde está o teu amor?
Catarina, onde salvar tua gente?