JUSTIÇA !
JUSTIÇA !
Quem com justiça se envolve
Não espere coisa boa
Bem melhor quando resolve
Ceder a presa à leoa
Vi muita coisa na vida
Impossível de citar
Com a verdade vencida
Vi a mentira ganhar
Vejam só, que descarada
A tal chamada justiça
Está sempre de cara vendada
De vergonha em cada liça
No fator conciliação
Coisa que ninguém quer
Embora pareça que não
Perde-se menos, sem vencer
Por isso ponderai primeiro
Antes da justiça buscar
Não atiçar o vespeiro,
È prudente e salutar
Poder-se-á fazer justiça
No equilíbrio social
É a idéia mais castiça
Do valor primordial
É de peso, de importância
Conceito tradicional
Alicerçar tolerância
Ao direito natural
Escolher o bem ou o mal
Princípio do livre arbítrio,
Pressuposto genial
Por vezes com gosto cítreo
Se a justiça é o espelho
Não queira nele se espelhar
E nem aceite o conselho
De quem a manda procurar
A expressão de justiça
Deixa muito a desejar
Por vezes ganha a liça
Quem não devia alcançar
Antepõe-se à razão
Ao conceito de julgar
Leviana decisão
Arroja o bem tutelar
Tanta história que ouvi
A respeito da justiça
Se enrola igual um quati
Mas é cheia de cobiça
Fica fora meu irmão
Aceitando meu conselho
É grã a conflagração
P’ra quem nela mete o bedelho
Peleja em prol do amor
Da fraternidade e afeto
Deus dar-te-á o melhor
Pelo teu viver correto !
São Paulo, 29/09/2009
Armando A. C. Garcia
E-mail:armandoacgarcia@superig.com.br
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